Você talvez já tenha escutado falar que o chocolate não faz bem ao cachorro? Isso faz sentido? Se a gente pode comer chocolate, por que o cão não pode? O Brasil é o segundo País que mais consome chocolate no mundo. Mas , se ingerido por um cão pode ser perigoso e até fatal...

Quando o cão olha com aquele olhar de pidão para algo que estamos comendo, dá até vontade de oferecer a ele a nossa iguaria. Mas não é recomendável! Muitos alimentos que constituem a dieta dos humanos não fazem tão bem para os cães. Alguns são altamente tóxicos. Desde modo, o melhor a fazer, é alimentá-lo com ração ou outro alimento indicado por profissionais em nutrição animal.

Os cães são diferentes das pessoas em várias coisas. Por exemplo, eles podem andar descalços todos os dias na neve e não lhes traz nenhum problema. Já, a gente, pode andar na neve por 30 segundos antes de o pé começar a doer.

Agora se tratando de chocolate, eles contêm uma substância chamada Teobromina, podendo afetar o sistema nervoso e o músculo do coração dos cães, levando o cão a complicações mais sérias ou até a morte. Dentre os sinais clínicos podemos observar:

vômitos, diarreias, tremores,Arritmia como, complexos ventriculares prematuros,taquipneia,taquicardia,febre,convulsões e o coma

A Teobromina pode permanecer no organismo do cão por até uma semana. Este tipo de intoxicação deve ter intervenção veterinária o mais rápido possível. O objetivo do tratamento objetiva a estabilização das funções vitais do organismo e de acordo com o quadro apresentado pelo cão, pois não existe antídoto para este caso de intoxicação. Além do chocolate, seus derivados também contêm a Teobromina.

A concentração dessa substância no chocolate pode ser de 3 a 10 vezes maior do que na cafeína, por exemplo se a quantidade dela para intoxicar gravemente um cão é calculada em torno de 100 a 200 mg/kg. Porém, há relatos de sintomas de intoxicação, como vômitos e diarreia, com ingestão de apenas 20mg/kg; e também há relatos de sintomas de efeitos cardiotóxicos com ingestão de 40 a 50 mg/kg de chocolate. Há, ainda, relatos de efeitos drásticos com a ingestão não só de chocolate em barra, mas também de chocolate em pó dissolvido em leite e oferecido à cães.

Geralmente, os efeitos clínicos dessa intoxicação são percebidos entre 6 a 12 horas após a ingestão do chocolate. Os sintomas iniciais são: aumento da ingestão de água, vômito, diarréia, dilatação abdominal e inquietação (incômodo, agitação). O quadro pode evoluir para hiperatividade, aumento do volume urinário, ataxia, tremores e estado de apreensão. E, mais fatidicamente, aumento da frequência dos batimentos cardíacos (taquicardia), aumento dos movimentos respiratórios (taquipneia), azulamento das mucosas (cianose – falta de oxigenação nos tecidos), hipertensão, aumento da temperatura corpórea e o quadro pode, enfim, evoluir para hipotensão, queda da temperatura corpórea, coma e morte

Ainda há o fato de que, como o chocolate possui grande quantidade de gordura, o pâncreas também sofre importantes danos.

O tratamento é difícil, objetivando a estabilização das funções vitais do organismo de acordo com a sintomatologia que está ocorrendo.

Bom, como os casos de ingestão de chocolate podem ocasionar fins drásticos, o melhor é evitar que seu cão coma chocolate. E essa dica não está restrita apenas à época da Páscoa, mas à todos os dias do ano.

Atualmente, é fácil encontrar em Pet Shop, chocolates apropriados a cães. Eles não possuem a Teobromina em sua composição. São feitos com extrato protéico vegetal entre outros ingredientes não tóxicos a eles. Desse modo, para o amigo de 4 patas comer chocolate com você, dê a ele o chocolate apropriado e não o que comemos.