terça-feira, 5 de novembro de 2013

Decisão judicial proíbe eutanásia de animais sadios no CCZ de Sete lagoas



O Ministério Público do Estado de Minas Gerais determinou, por meio de medida liminar, a suspensão da eutanásia dos animais do Centro de Controle de Zoonoses, CCZ, de Sete Lagoas salvo os casos em que os cães estejam com alguma doença incurável. A prática da eutanásia era utilizada no CCZ como forma de controle populacional do centro devido à grande quantidade de animais que eram recolhidos.

De acordo com uma nota divulgada pela secretaria de Saúde do município, também está suspensa a captura de animais errantes, ou seja, os que são encontrados na rua. A decisão ainda determina que: “o município atenda, remova e trate os animais domésticos e ainda os errantes em estado de sofrimento, vítimas de maus tratos e atropelamentos”. No caso do descumprimento de qualquer item da decisão, a multa a ser paga pelo município por animal é de R$ 5 mil.

Para a veterinária Patrícia Silveira, a comunidade defensora dos animais em Sete Lagoas recebeu a notícia com muita satisfação. “Os funcionários do CCZ que eram obrigados a eutanasiar os cães pelo motivo de que ‘não tinha mais espaço para tantos cães’ estão muito felizes com a notícia” conta.

Ainda, segundo Patrícia a decisão é vista como um primeiro passo para que o CCZ de Sete Lagoas comece a atuar efetivamente no controle populacional da cidade investindo em campanhas de castração e de adoção. “Temos que derrubar os mitos sobre a castração, atualmente é um método mais indicado além de ser seguro para os animais e de garantir uma maior qualidade de vida para os cachorros”, conta.

A veterinária sugere ainda que a Prefeitura realize convênios com ONG’s da cidade para promover feiras de adoção e campanhas de posse responsável. Para isso o CCZ precisa começar a investir na captura de animais errantes, tratamento e castração dos mesmos e, posterior disponibilização para adoção. “Já fizemos um levantamento e o custo para eutanasiar um animal no CCZ é o mesmo para castrar, eles já tem toda a estrutura e os profissionais para realizar o tratamento e a castração”.

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